A Direcção-geral dos Impostos (DGCI) indeferiu o pedido do Estrela da Amadora de adesão ao Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC), alegando falta de viabilidade do projecto apresentado pelo clube, apurou o PÚBLICO.
A decisão do fisco surge depois de a segurança social, também credora do clube, ter aceite o pedido de adesão, mas é suficiente para impedir o acesso do Estrela a este processo. O PEC é um processo conduzido pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI) e permite que os contribuintes com dívidas recorram a meios alternativos de negociação com os seus credores para conseguirem, por exemplo, o pagamento faseado das dívidas, desde que haja acordo entre todas as partes.O PÚBLICO tentou contactar António Oliveira, presidente do Estrela da Amadora para obter uma reacção, mas até este momento tal não foi possível.No final da semana passada, o presidente estrelista alertava para o perigo de o clube fechar as portas caso o PEC não recebesse luz verde. “Se isto não for para a frente não temos forma de sustentar a formação e estamos a falar de 400 atletas. E o Estado aqui não entra com um tostão. A verba que a Câmara da Amadora dá também está penhorada”, disse à agência Lusa.Quinta-feira, o jogador Anselmo rescindiu contrato com o clube, por justa causa. Oliveira lamentou, na altura, a situação e desmentiu qualquer intenção de fazer os futebolistas assinarem um documento em como tudo está liquidado. “Nunca pediria nada disso aos jogadores. Ou pago tudo e eles continuam, mas nunca assinarem algo que não é verdade. Nem que faltassem 10 cêntimos. Se tiver que descer para a II Divisão, desço”, finalizou o presidente do clube.
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